[Covarde Rosa] - 2009

12 de jan. de 2009 4 comentários













Se ao menos chovesse menos
O céu estaria a atirar flores
Eu a plantar amores
Frias pétalas de jardim!


Não me fartaria o juízo
Meu dom seria impreciso
Covarde rosa sem espinho
O peso nulo que o peito não tem!

Se o sol abrisse um leque
Não repetiria soletrando o eco
Piedade nenhuma teria do amor!
Conseguiria por um minuto ser perverso!

Ter dentro de si grades enferrujadas
Tardes vontades aliviadas
Elixir sem odor de jasmim!

Claudia Venegas.

4 comentários:

  • Anônimo disse...

    É. Ser uma rosa covarde, pelo fato de não possuir espinhos, significa oferecer sua beleza ao acaso, de olhos fechados e curiosamente, sem medo. Puxa, me confundi. Nesta frase existe uma covardia corajosa, e tenho certeza que este tipo de coisa existe.
    Uma bagunça no nosso modo de sentir, desejar e mostrar nossa capacidade de não se defender, algo que aos olhos de outros seria uma atitude covarde.

  • Unknown disse...

    Covardia nunca foi atributo da rosa que conheço, que aprecio, cuido (rs) e a quem presto meu tributo. Os espinhos são necessários, não pra afastar ngm, mas talvez, porém, pra algum pacto de amor...rs.
    Onde a covardia? Se explodes tuas cores aos olhares mais atentos, se exalas teus perfumes aos sentidos mais sutis... Que seriam das abelhas, beija-flores e nós, pobre mortais... rs
    bjs
    Celso

 

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