[Miséria da guerra] - 2009

12 de jan. de 2009 0 comentários















Eu olho a guerra!
E me arde como terra nos olhos!
Tanta miséria!

Miséria interior!
Miséria da não empatia!
Miséria de valor!
Sem arte ou poesia!

Miséria sem mistério!
Que acaba em cemitério!
Sem dó ou nostalgia...

Olho as cores que vem expandindo...
As bombas sem flores que vem explodindo!
O direito do ar roubado se extinguindo...
A incompetência eterna de alguns para as sutilezas!

E o mundo é de todos!
Os reinos antigos estão soterrados!
Pelo poder que não pode ser repartido!
Pela falta evidente do cuidado!

Do zelo a vida!
Do fluir inteiro de uma manhã não perdida!
Do café da manhã que exala aquele cheiro...
Cheiro de esperança, da oportunidade intima de um dia!

Não veem? As mães tem amor ainda!
Não veem? A ignorância do ódio nos separa da alegria!
Da simplicidade, da leveza embalada no seio da mãe!
Do estatelar dos olhos quando se vê uma pipa!

Quem usurpou da humanidade as crianças?
A simples necessidade do amor que existia?

Me dilacero por negar aos meus pulsos o corte!
A oportunidade única que tenho de escapar dessa guerra
Que vai calar o mundo para a bondade!
Que vai alimentar nos nossos corações a impotência!
A necessidade nociva da "justiça"
A vingança, o ódio em massiva dos soterrados!

E vai emergir a fúria!
Vai transbordar a natureza seu grito!
Vai cessar o ciclo, sem possibilidade de adeus...

E as árvores vão se erguer
Matar para não morrer!
E geleiras derreter
Inundar para não ver

O sangue que está regando a Terra!
Transformando fina areia, em ácido venenoso!
Onde não nascerá nem pedra
Para não causar a Deus mais um desgosto!

Claudia Venegas.

(Desabafo referente aos ataques entre Israelenses e Palestinos)
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Para ver precisamos abrir os "olhos"!

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