Hoje a Lua tem cinco noites...
Vem remendando a solidão,
Com as linhas da boneca velha...
Os trapos estão esquentando o chão
Alisando o assoalho perdido
Do espaço em branco do meu coração...
Hoje das cinco noites que vejo...
Uma foi feita para amar!
A outra para esquecer!
A outra para chorar!
E das duas que restam!
Uma é cega em você!
A outra surda ao te olhar!
A que foi feita para amar...
Cobiçar o interior infinito
Ser o que se é!
Riacho inteiro e perdido...
Está Lua onde está?
Porque já entra a segunda...
Invade ao nascer...
Enquanto a primeira ainda ama
A segunda vem para esquecer...
Esticar com a solidão a que vem para chorar...
Derramar, inundar!
Diminuir e restar...
Abortar e diluir...
Perder e torturar!
Perpetuar...
Alongar a dor da primeira que veio apenas para o amar!
Surgir, gerar...
Colher e dar...
Estar por estar...
E das cinco noites que o céu me deu!
A que mais doeu era cega em você...
Perdida no seu eu!
Cega ao amor meu...
A que mais calou
Era surda ao te olhar!
Muda para não incomodar...
Para não invadir e carregar...
Levar dali o que você a mim não desejava dar...
Era surda ao te olhar!
Muda para não incomodar...
Para não invadir e carregar...
Levar dali o que você a mim não desejava dar...
E destas cinco noites somente da primeira não esqueci!
Por instante perdi...
Mas nunca em mim deixou de existir...
Por instante perdi...
Mas nunca em mim deixou de existir...
Claudia Venegas.
2 comentários:
Você se reinventa, sempre, de uma maneira mais linda que a outra.
Mas você não é de lua...
Você é bem mais estrela...perene
E não é a lua que te ofusca
nem a ausência dela que te altera o ser... Você brilha sempre!
Em qualquer céu, em qualquer tempo.
Não caia nunca, viu?
Que você é guia, é prenuncio, é poesia e é luz!
A Princesa das Estrelas!
Pisca pra mim...?
Bj
Celso
Risos...Achei lindo essas palavras...(lágriminhas)
Pisquei! Beijo
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