Quando me misturo,
Ou alguém insiste a mim misturar
Sinto que junto vem um mundo todo
Uma terra com muita gente para eu olhar
É como se eu olhasse uma casa de sonhos
E um bocado de palavras já servisse para cantar
Mas nem tudo que ultrapassa o muro
Nós leva para algum lugar
Ás vezes narrar nos leve a um labirinto
Seria então melhor sentar e observar:
Que quando um pé descalço sente a terra
Muito mais do que apenas sujeira há!
Pode ser que essa planta junto ao chão tenha força
E um movimento simples junto dele possa nos insinuar:
Que enxergar não apenas nossa dança
Faz o mundo todo lá fora nos abraçar
Não existe nada grande vindo comigo
Assim como você, aqui dentro, eu sou um berço!
Um ninho da natueza que abriga do universo crianças de colo como nós
Se vulgarizar apenas vossas ganas
Como miudo que também sou em tamanho
Não ei de serenar vossa sede
Não ei de estender coisa ou outra
Porque como um espelho,
Apenas sou o que sou quando paro ao sol:
Sou aquele que faz sombra com o corpo
E faz a água no quintal.
C.Venegas – [2016]
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