[Lealdade ou Fidelidade] - 2014

16 de set. de 2015 0 comentários









Lealdade é a fruta que poucos comem
Porque seu tragar compromete
Gera dívida não verbalizada
Uma possível fatura de culpa;
Mas é mais jovial do que pesada…
Na verdade é fantástica!
É incrível!
Porque com ela as separações são nulas,
As datas não expiram!
O cuidado é perpétuo e incondicional;
E mesmo que machuque vez ou outra
Tudo tem significado, valor e peso real.
A beleza desse processo reside justo ai,
O organismo digere esse sumo com cuidado
A digestão é lenta!
Tem que ser lenta!
Pois adquire significado maior do que a presença física
Já sabe de ante mão que não existirá a despedida.
Ela compra as guerras,
As flores do outro,
Paralisa os sentimentos egoístas
E nos torna leal no sentido literal da palavra
Real para exercitar o amor para o qual fomos convidados.
A fidelidade é sua irma gêmea pouco desenvolvida,
É egoísta!
É social!
Nos atira ao amor sem nos ensinar amar
Nos amarra, fadiga!
E torna a dívida psicológica insustentável no sentido.
Seu tragar é dolorido,
Leva parte nas concessões
Gera dependência superficial
Um “não sentido” das nossas obrigações
Ela é admirada nos blocos de concreto
Tem lugar cativo na cama
E seus lençóis não tem cor branca como diz ter
Pois ama a forma, a prisão!
A manipulação que tudo mantém…
Em sua medida a razão é unilateral,
O peso dado é santo!
Deus se torna uma arma,
E a bíblia um código de ética que esconde a data de expiração da falsa lealdade.
Então de qual fruta comer?
Depende da particularidade,
Da busca madura ou imatura que se percebe…
Depende da forma que recebemos o cuidado
E da forma que escolhemos nos despedir…
[C. Venegas] - 2014

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