[Cartas de amor] - 2014

13 de jan. de 2014 0 comentários















Alguns poetas já disseram o quanto são ridículas as cartas de amor...
De Tristão a Romeu,
Nenhuma carta deixou um vão: Ou foi sim, ou foi não!
Dependeu dos olhos de quem leu!

Por mais belas que fossem,
Por momento ensejaram o ridículo...

O ridículo de um Pablo...
O ridículo de um Pessoa...
De Florbela a Lispector...
Um pequeno ridículo que por vezes não convém...

Não conforta!
Não importa!

Não traz de volta!
Não muda! 
Ou Silencia...

Mas toda carta de amor por mais ridícula que possa ser,
Deveria ser recebida com lágrimas!
Não importa se de tristeza ou de alegria,
Uma carta nunca deveria voltar vazia...

Vazia de um olhar rebuscado em cuidado,
De um olfato aguçado por um cheiro,
De um tato que por imperfeição decide não ser indiferente...

Mas nem sempre é assim,
Quem lê, recebe em silencio: Uma pedra, ou uma flor!
E não dá voz! 
Senão pela atitude!

E é aí onde as cartas de amor começam a ficar ridículas,
Ora é lida,
Ora descartada!

Claudia Venegas

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