[O mendigo] - 2008

6 de mai. de 2009 1 comentários













O mendigo está a espreita
Pálido do sol que nasce
Estéril da árvore que cresce...
É como o "frio" do cabelo morto na prateleira!

Mas vai subir a ladeira
Como geladeira de gelo derretido!
Com o copo cheio de improvisos
Goles de iludidos...

Vai ascender as luminárias
Ser rei das calçadas
Evidente dilacerado do amor...

Vai sorrir!
Vai gargalhar da dor!
Fazer dela a palhaça da estréia
A maquiagem perpétua do ator!

Por ser clandestino!
Como criança sem destino
Feito de sonho e ilusão!

Irreparável!
Como o poeta bêbado de poesia...

Da letra que não presta!
Que não empresta cor...
Por ser só de um amor...

E vai ser para sempre essa poesia!
Declamar por sempre essa poesia!
Reclamar eterna a poesia...
Mas não vai achar gotas minímas de amor!

Vai receber o dia morno!
Tentar aquecer a alma com sobras...
E quando acordar do jejum
SOL - idão...

Claudia Venegas.

(Trabalho desenvolvido em 2008.)

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