
Talvez agora em outro,
De lado oposto
Esteja você tão somente só...
Sentada com o rosto feito pó!
Partir é assim...
O apertar do sapato
O forte laço
Nó de um soluço, que termina no susto
De um rosto se desfazendo...
Gerando um estilo novo de voar ao vento!
E mesmo separados em partículas,
De um lado oposto
Vejo-te apoiar a lágrima minha
Que rola pelo teu rosto
Vejo-te desperdiçar-se entre meus beijos
Olhando-me seus olhos
Amando-me seus desejos
Sinto-me bater dentro de ti pedaços meus
Desfeitos na nossa última prece...
Prece de borboletas
De um outono curto
De estações que desaparecem
E no corredor de lado oposto
Um outro vinho azeda a taça que agora adoça teu amargo gosto
E mesmo em chagas me peco em bebida
Com tua doce boca desejando novamente a alma minha
Mas a partida foi assim,
Uma escolha
Um testamento
Um erro tentou esconder aquilo que amas dentro,
Mas que só sobrevive fora dos preceitos
E mesmo de longe te deixei
Deitei-te para que estivesse tão somente só
Recolhendo no novo estilo de voar ao vento
Arestas da vida minha que você levou por momento.
E é partir ainda...
Quando te sinto bater dentro de mim teus calados abraços
Ateus rasgados sonhos,
Inúmeros beijos
Que te amam meus olhos,
Sonham-te meus desejos...
Mas também de lado oposto
Vejo-me enxugar a lágrima tua que rola pelo meu rosto!
Partir foi assim!
E talvez agora em outro,
Ainda de lado oposto
Estou eu tão somente só...
Sentada com teu rosto feito pó!
Claudia Venegas
Trabalho desenvolvido 2005.
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