A malfadada visão que tenho é de uma máscara porcelana,
Sua costura é de boneca, mas o corpo remendado reclama...
Talvez você seja poça de riso, ou mesmo elixir de amor...
Mas não sei o que em mim desenha,
Se é voo raso ou arestas borboletas!
Se é Polén de alegria, ou voa em mim suas asas de tristeza...
Teu berço ás vezes é lágrima, contidas gotas interior...
É visão breve, como folha perdendo devagar a cor...
Teu riso eu tento, instigo para a alegria,
Mas nele eu perco, parece-me mais com nostalgia...
Quando eu reparo teus olhos, um baile a vida convida,
Como bebida que embriaga, anuncia antes de tudo...
Despedida!
Claudia Venegas.
(Colhido em Jardins fiéis...)
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