Simples é o movimento que se aprende ao ficar de pé pela primeira vez...
Onde o riso não é um movimento cínico
E onde os olhos são convidativos...
Onde as mãos desconhecem o prazer do toque
E o gosto da pele ainda é proibido sem o amor...
Simples é a ausência do tempo e a ilusão da complicação
É o sentar para ver o pôr do sol no silêncio interno
É o abraço roubado que surge no acaso...
É a vontade que não se perde...
Esta alojado, na capacidade única de encantar-se...
Com a simplicidade da troca,
Com a facilidade de uma troca...
E esse simples foi meu mais profundo desejo,
Que vejo perdeu-se no ego adulto, em um tipo desconhecido de medo!
Pois dentro...
Acompanha-me sem dó, essa valsa torta!
Essa “falsa amizade desconhecida..."
Levo de ti somente a espera da frase inteira
Que talvez nunca venha...
Que talvez nunca fique pronta aqui dentro de mim...
Ou lá dentro de você...
Pois o nosso simples se tornou abraço de despedida
E beijo ácido de tchau!
E de nada serve esses ralos encontros...
O simples não chega...
O simples não vem...
Nem comigo, nem com você!
Fica preso na garganta!
Cutucando dentro!
Para o olhar perder a beleza e misturar-se a indiferença!
Para a alma perder a verdadeira essência que “nos ama!”
E nessa sensação de impotência imensa, Eu fico ali...
Observando os outros e desejando novamente ser teu desconhecido!
Para não perder as palavras, a simplicidade!
Para não perder o olhar...
Mas sinto-me rainha de um veneno sutil
E a companhia não me é mais permitida!
E a alma esta em um intervalo perdida!
Está cada dia mais a auras de distância de mim...
E por um simples eu trocaria meu rosto!
Por um gole novo da nossa simplicidade!
Por um gole novo de nossa mistura mais divina...
Para que o simples ali permanecesse
E carregasse a noite de dentro mim...
Claudia Venegas.
(Poesia antiga...dei uma melhoradinha nela, risos...)
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