
Coloquei-te num pedestal
E as outras em meus braços
Não saíste jamais de onde estava
E outras saciaram meus abraços!
Coloquei-te caprichosamente para virar estatua
Mas beijar-te o lábio frio já não me aprazia
Lábios que em outra vida tiveram sabor
E me levaram onde mais tarde já não mais poderiam...
E me ofereceram por miséria diversas mulheres
Dessas que a gente ama com simplicidade
E em nenhuma delas eu vi beleza!
E em nenhuma delas encontrei felicidade!
Porque estava lá no alto
A que como uma santa eu cultuava
A quem meu tempo eu falecia
Num luto profundo onde com a vida das outras eu me cobria!
E cada dia eu estava menor
Como um grão que não perpetua a colheita...
E a nenhuma desejei!
Porque não podia desejar o que em ti não procurei...
Há elas, os dias eternos...
A espera do passar das madrugadas...
Onde amanhã, talvez, eu pudesse vê-las!
Ou simplesmente amá-las...
Mas nunca as vi...Nunca!
Porque eu estava tão alto...
Do alto de um pedestal!
Claudia Venegas.
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