[Anonimo - Parte II] - 2008

22 de set. de 2008 5 comentários





















Vou deixar-te ir como um sem rosto
Porque o óbvio pode trazer-me o desconforto!
Sua alma, não posso ver! E nem pode ver...
Pois se esconde atrás do que percebes e bastante do que calas!

Também não te darei nomes, nem especularei as intenções investidas...
Antes ser como uma criança!
Tornar a brincadeira divertida...

Quis seu rosto não para que fosse algo na partida
Porque ninguém tem rosto inteiro nas despedidas!

Não foi meu ego que desejou, mas a parte sensível que está em mim quis te ver!
Porque ao contrário do que dizes ou do que crês
Sou curiosa para com todos, assim como com você!

Porque são como qualquer um, e também como todos, ruidosos de saudades!
Mas não apenas das dores do que não podem ter
Mas por não saberem o que querem...Ou por tudo querer!

Sou bem parecida com essa parte tua, a ecoar ecos!
Mas preencho meus cantos secos
Para poder continuar soprando histórias...

Então se permite...Ainda desejo dizer:

Que apesar dos pesares sou compreensiva com os que se viciam no gosto ligeiro da carne!
E é por esse motivo que sou amante de almas e não de prazeres efêmeros!

Afinal nenhuma prateleira da vida pode guardar tão bem, o que não se registra!

E antes de partir deixo:

Que posso ver todos como qualquer um!
Amar a todos como a um!
Mas não entregar a todos o que desejei dar a um!

Claudia Venegas
(pintura de magritte)

5 comentários:

  • Anônimo disse...

    Cláudia Venegas, prazer em te conhecer, fiquei feliz por minha amiga Claudinha ter nos apresentado...pois agora sou a mais nova admiradora de suas lindas palavras...

  • Cores, Letras e Notas disse...

    Ola, ja posso te chamar de amiga?
    Adoro Magrite, e gostei mais ainda de tua sensibilidade...
    Que amor é esse que traz tantas lembranças e se apega em ti como tatuagem, como marca de nascença, como um duplo etereo de tua alma?
    Bom, se te levou tanta coisa...te deixou a poesia, linda, sentida...
    BJ.

  • Claudia Venegas disse...

    Obrigada pelo Carinho Gi, realmente duas pessoas né?! beijo...
    E claro que já sou sua amiga, amigo sensivél, adoro suas palavras,e vamos conversar muito ainda...Esse amor em mim só levou minhas imperfeições, porque o sofrimento vem dessas arestas deixadas pelas sensações, não sou mais assim, ando bem livre, bem leve ultimamente...risos...
    em breve trabalhos mais despreendidos!
    :o)

  • Anônimo disse...

    Terei que ler inúmeras vezes estes dois recentes. São complexos e tendem a ter diversas interpretações.
    Assim, não deixo 'especificações' (hihihihi) desta vez.
    Se bem que: "Que posso ver todos como qualquer um!
    Amar a todos como a um!
    Mas não entregar a todos o que desejei dar a um!" me deu até arrepio ao ler.

 

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