Sinto falta da nostalgia
Já que me embebia em palavras
E inundava-me com maré de beleza
Agora os goles são pequenos
E ao longe, lânguidas risadas
E minha prosa está partida ao meio
Sinto falta da nostalgia
Já que eu gostava do descosturar que elas preenchiam
Das lágrimas e das distorcidas ideias
Da solidão interna que eu plasmava em tinta.
Sinto paz!
Mas busco as turbulências de uma ousadia menos santa
Onde se instale o pecado
O ópio de um silêncio!
Porque a dor partiu e secou meu pranto,
E injusta brinca com minha arte
Sendo cúmplice esta paz de dentro;
Quero a liberdade!
Sentir o gosto mundano,
Aquele que dá ato às cortinas do palco.
Quero a eloquência onde o mundo não é pequeno,
Não quero resumir mais a imperfeição
Desejo ser imperfeito!
Só assim empresto do mundo a arte que me veleja
Porque a paz rouba me a inspiração
E Leva me o encanto...
Claudia Venegas
1 comentários:
Complicada essa dualidade, esse paradoxo... mas as musas às vezes são provedoras cruéis, seus tributos nos arrancam pedaços, nos deixam o vazio, que nem sempre a poesia completa.
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