[Véu] - 2008

17 de out. de 2008 0 comentários












Ás vezes amo para esquecer o mundo onde estou!
Como se colocar um sorriso no canto retirasse a cor...
Cor daqueles que não vêem beleza
Cor daqueles que derramam a dor...

Como o abotoar de uma camisa
O retirar cruel de uma flor
As mãos estão divididas
Entre atos de ousadia e “desamor”.

Vejo um mundo colorindo lá no horizonte...
Onde as pontes já não estão escondidas...
Onde o sol é amor...

E o calor já não fere!
As vozes não mais doentes...
Exalam perfume de flor...

E acordo do sonhar bonito...
Do sonhar perfeito!
Para o griz dos sorrisos,
Para os frutos perdidos...

E desejo a semente,
Que ela caia do céu...
Semear de forma imprudente
O coração cruel!

Mas sonhar é um leve impulso perdido...
Perpetua no não tempo,
No espaço entre nós aberto...
Que logo após fica despercebido...

É um resvalar sutil...
Um doce momento!
Que eleva o peito,
E no acordar...
O mesmo véu!

Claudia Venegas.

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